Em uma pequena vila cercada por florestas densas e uma aura de mistério, vivia uma família composta por três membros: a mãe, o pai e sua filha, Ana. A vida na vila era tranquila, até o dia em que a notícia da morte da avó chegou, trazendo uma sombra de tristeza à família.
A avó de Ana, uma mulher de sorriso doce e histórias encantadoras, sempre foi o coração da família. Seu falecimento não foi apenas uma perda emocional, mas o início de uma série de eventos sobrenaturais que ninguém na vila poderia prever.
O funeral foi marcado por um céu cinzento e o choro abafado dos que vieram prestar suas últimas homenagens. Ana, vestida de preto, sentia o peso da tristeza, mas também uma estranha sensação de que algo incomum estava para acontecer. Ao lado do túmulo, enquanto as últimas palavras eram ditas pelo padre, Ana notou uma suave névoa se formando ao redor da sepultura.
À medida que a névoa crescia, uma figura etérea começou a tomar forma. Era a avó de Ana, ou melhor, seu espírito, que apareceu diante deles com uma expressão serena e olhos reconfortantes. A mãe de Ana soltou um grito abafado, enquanto o pai segurava a mão dela firmemente, ambos em choque.
O espírito da avó olhou para Ana e sorriu. A menina, embora assustada, sentiu uma calma inexplicável invadir seu coração. A avó então começou a falar, sua voz uma melodia suave que apenas Ana podia ouvir claramente.
«Ana, minha querida, não tenha medo. Eu vim para lhe dizer que o véu entre os mundos está mais fino do que nunca, e que eu ainda estarei olhando por você e nossa família. Mas preciso que você seja forte, pois coisas estranhas começarão a acontecer nesta vila. Proteja-se e ajude a manter nossa família segura.»
Com essas palavras, o espírito da avó começou a desvanecer, a névoa se dissipando lentamente até que nada restasse além do frio vento que sussurrava entre as árvores do cemitério.
Nos dias que se seguiram, Ana se viu às voltas com o mistério deixado pela avó. A vila parecia a mesma, mas pequenos acontecimentos estranhos começaram a ocorrer: sombras que se moviam sem fonte aparente, sussurros nas noites de lua cheia e objetos que mudavam de lugar sem explicação.
Determinada a descobrir o significado das palavras de sua avó, Ana começou a explorar os antigos livros de família e a pesquisar sobre o sobrenatural. Ela aprendeu rituais simples para proteção e começou a aplicá-los em sua casa, sentindo-se cada vez mais como uma guardiã do limiar entre o mundo dos vivos e o dos mortos.
No entanto, a verdadeira prova veio numa noite de tempestade, quando uma criatura sombria emergiu das sombras da floresta, dirigindo-se diretamente para a casa de Ana. A menina, usando os ensinamentos de sua avó, enfrentou a criatura com coragem. Ela desenhou símbolos de proteção no chão e recitou encantamentos que havia memorizado, sentindo a energia fluir através de suas palavras.
A criatura hesitou, depois recuou, desaparecendo na escuridão da qual tinha vindo. Ana soube então que sua avó havia lhe dado uma missão importante: ser a protetora de sua família e da vila contra as forças que buscavam romper o véu entre os mundos.
Com o passar dos meses, Ana se tornou conhecida na vila como uma jovem sábia e corajosa, alguém que tinha o poder de enfrentar o desconhecido. Embora ainda sentisse a falta da avó, sabia que estava cumprindo seu desejo, mantendo a família e a vila seguras.
A história de Ana e do espírito da avó se espalhou, tornando-se uma lenda na vila. Ela mostrou a todos que, mesmo na presença de um grande mistério e adversidade, o amor e a proteção de uma família transcendem até mesmo as fronteiras da morte.
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Autor del Cuento
Soy Francisco J., apasionado de las historias y, lo más importante, padre de un pequeño. Durante el emocionante viaje de enseñar a mi hijo a leer, descubrí un pequeño secreto: cuando las historias incluyen a amigos, familiares o lugares conocidos, la magia realmente sucede. La conexión emocional con el cuento motiva a los niños a sumergirse más profundamente en las palabras y a descubrir el maravilloso mundo de la lectura. Saber más de mí.